Olá, , bom dia!
Eu costumo dizer que o flare não deve ser utilizado em aproximações normais, sendo uma manobra que deve ser utilizada apenas em autorrotações.
Claro que o vídeo foi propositadamente utilizado para chamar a sua atenção e, sim, é um tanto quanto exagerado, no entanto sobre este tema vou ter que te dizer: eu mesmo já presenciei colegas aplicando flare's a baixas alturas e que quase resultaram em um tail rotor strike.
Então, vamos aos fundamentos para uma aproximação normal, estabilizada e que resulte em um helicóptero nivelado sobre o heliponto ou área de toque, no pairado, dentro do efeito de solo e sem que, para isso, eu tenha que ter feito um flare no terço final da minha aproximação...
Vamos lá.
Ao tirar o helicóptero do solo e estabelecer o voo pairado, observe a potência utilizada e faça uma leitura dos parâmetros, torque e NG, gravando esses números.
Decole e inicie um tráfego padrão, ingresse na aproximação final em velocidade na qual você tenha a impressão de estar "caminhando para o heliponto", nem se arrastando, nem correndo, apenas caminhando. Coloque o heliponto na sua "linha de visada", utilize o comando coletivo
para corrigir a sua altura em relação à rampa e o comando cíclico para correções de velocidade. Movimentos suaves ... utilize somente a seu pulso para as correções no comando cíclico e, lembre-se, faça as correções utilizando o antebraço, porque sempre serão correções de grande amplitude.
No último terço da aproximação, inicie uma redução de velocidade gradual, nivelando o helicóptero dentro do efeito de solo, com velocidade zero e sem flare !
Você se lembra dos parâmetros que pedi para que você gravasse? Pois é, faça uma nova leitura e você vai ver que se não forem os mesmos do seu pairado inicial, serão muito próximos.
Isso é uma aproximação padrão.
Bons e seguros voos pra vocês!
Cmte Thales Pereira.
presidente@abraphe.org.br
#safetyabraphe
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