Olá , bom dia!
A padronização é o que separa o exibicionista do profissional.
Voltávamos de um voo à um navio na costa do estado Rio de Janeiro.
Eu na esquerda, (2P) e meu colega, recém promovido a Comandante, voando na direita (1P), ingressamos na ATZ de MEA. Chamei a torre para ingressar no tráfego visual da cabeceira 06 e ao girarmos a curva base a 500 pés e mais ou menos 115 knots meu colega, sem aviso nenhum, colocou o coletivo full down e disse: - "então, vai uma autorrotação!"
Na sequência, a RPM disparou, seguido da buzina de NR... estávamos em curva pela direita e em descida, ele se atrapalhou todo e para resumir, por pouco não tivemos um acidente...
O helicóptero é uma máquina muito versátil e ágil, a sensação de liberdade e de quase ilimitada capacidade de manobra, pode te dar a falsa impressão de que "ele cabe em qualquer lugar " ou de que, já que "eu visto a máquina, posso ingressar no tráfego de um aeródromo, heliponto ou helicentro de lado, de ré, de ponta cabeça e na velocidade que eu quiser."
Como dá para perceber neste vídeo, o voo era tranquilo, nivelado e sem problemas, até que o piloto resolveu demonstrar suas "habilidades" e acabou trazendo risco de morte para si próprio e para seus passageiros, além da perda total da aeronave...
Eu te pergunto, qual a razão para isto?
A padronização, não é apenas uma palavra bonita ou algo chato, que inventaram para atrapalhar a demonstração de suas incríveis habilidades de "super piloto" ou suas demonstrações dignas de show aéreo, a padronização é o que separa o exibicionista do profissional.
A segurança dos seus voos depende de você, somos o elo forte da segurança de voo.
Cmte Thales Pereira
#safetyabraphe
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