O debate em Portugal ainda está muito verde.
Deste lado, cepticismo é o meu nome do meio. Até porque, tentem seguir esta lógica: eu, como designer, decido criar cursos on-line sobre como viver do design. Parte do meu rendimento vai começar a ser ensinar design e não fazer design. A dado momento, se calhar, vou deixar de viver do design para passar a viver de ensinar a viver do design, por isso, a dado momento vou sentir o impulso de começar a ensinar as pessoas a viverem de ensinar a viver do design em vez de as ensinar a viver do design. Parece um trava-línguas, mas é de propósito. É que o sentido perde-se.
Quando começamos a ter coaches de coaches, cursos a ensinar a fazer cursos, as fundações podem começar a tremer e é aí que se percebe que muitos dos negócios estão montados como um castelo de cartas que não aguenta um "mas porquê? para quê?".
Existem pessoas que são excelentes a ensinar a construir cursos on-line (procurei-as quando quis fazer o meu). Mas, às vezes por inocência, outras vezes por má intenção, neste mundo dos cursos e coaches, há muito joio para pouco trigo.
É preciso fazermos as devidas diligências. Não comprar por impulso. Nem tudo o que é formação vale a pena. E, mesmo quando vale a pena, pode não valer para nós. Cuidado com investimentos de centenas ou milhares de euros. Cuidado com promessas grandiosas.
Eu sei que me debato muito com isto. Tenho feito algumas sessões individuais (embora não tenha divulgado isso como serviço), para experimentar e perceber se estou a entregar algum valor. Espero que sim, acredito que sim.
Adorava saber o que sentem sobre este assunto. Como é a vossa experiência com formação on-line? Ou coaching? Respondam a este email se quiserem partilhar alguma opinião.
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