Os últimos dias têm sido uma montanha-russa de emoções. Picos de felicidade e coisas muito chatinhas.

Nem são dias bons e dias maus. São coisas muito boas e muito más a sucederem na mesma manhã.

Passo a explicar 👇

Na semana passada fiz uma formação que validou uma potencial ideia de negócio que já me tinha ocorrido há algum tempo.

Sempre soube que iria gostar de a desenvolver, mas neste dia percebi que seria algo economicamente viável. Talvez não no início, porque o arranque seria lento, mas a longo prazo, sem dúvida.

Entusiasmada, pedi ajuda do meu público fantástico e reuni informação sobre os sites e empresas às quais recorrer nesta fase inicial, para consulta de incentivos e apoio às candidaturas e arranque.

A parte boa é esta. A parte má é que, como antes já tinha feito, estou a procrastinar na ideia. E quanto mais tempo passar, mais o entusiasmo desvanece e menor a probabilidade de efetivamente fazer alguma coisa.

Para já, a única coisa útil e concreta de tudo isto foi o artigo que escrevi com os tais sites úteis, que poderá ajudar os mais decididos.

Na verdade isto nem é bom nem mau. É só algo que está aqui no subconsciente e que pode ou não tornar-se algo importante na minha vida.

Recebi uma mensagem no LinkedIn e, ao ver o remetente, obviamente respondi. Por curiosidade, por validação, para sondar o mercado.

Acho que devemos sempre aceitar (a menos que seja algo completamente fora do que queremos fazer), porque, mesmo que não queiramos sair da empresa em que estamos, podemos usar novas ofertas para melhorar as condições que se tem, na empesa em que se está.

Praticamente todos os grandes aumentos que tive surgiram na sequência de propostas que recebi para trocar de emprego. Não troquei, mas igualei ou melhorei as condições no emprego em que estou.

Fiquei muito entusiasmada com tudo isto, mas quase com a certeza de, aceitar esta proposta se ela surgir, ser um passo na direção contrária à que quero seguir.

Como falei neste episódio, estou muito perto do meu FIRE Flamingo. A 6 meses do valor em que posso deixar o trabalho por conta de outrém e dedicar-me a 100% à escrita. Quero começar um projeto novo, num ambiente diferente do que conheço, apenas para provar que consegui? Para construir um currículo se não tenho interesse em construir carreira? Não, não me parece.

No mesmo dia em que fiz a primeira entrevista, recebi o resultado de uma ressonância magnética.

A época já acabou há mais de um mês, mas permanece uma dor (daquelas que se acha que incha desincha e passa) que não tem forma de passar e está a limitar o meu dia-a-dia.

A conclusão do exame foi o pior cenário previsto. Vou fazer fisioterapia por descargo de consciência, mas o mais provável é ter de operar.

Isto ajudou a decidir o meu futuro desportivo. Estava a considerar continuar mais uma época, mas esta lesão lembrou-me que quero ter vida depois do desporto federado, e neste momento as mazelas já são mais do que as que seria suposto.

Um dia depois deste diagnóstico desanimador, ou seja, hoje, tive a confirmação para avançar num projeto muuuuuito incrível (que não posso partilhar agora).

Vai exigir muito de mim até dezembro, vai exigir sacrifícios e vai obrigar colocar tudo o resto em stand-by.

Deu-me várias certezas:

• não quero mudar de empresa agora (mas tenho entrevista amanhã e vou na mesma)
• o empreendedorismo naquele projeto novo vai ter de esperar
• vou seguir tudo o que o fisioterapeuta e o médico mandarem, para esta recuperação ser o mais rápida possível.

É mentalmente cansativo passar de felicidade extrema a desilusão completa, no mesmo dia e várias vezes por dia. Umas emoções vão abafando as outras, à medida que estas novidades vão surgindo.

Desculpa ter invadido a tua caixa de entrada fora do "calendário" estabelecido, mas precisei de desabafar. E, como viste aqui, a história é demasiado longa para ir para o Instagram e demasiado pessoal e delicada para ir para o blog.

Obrigada por me leres 💜

Se a tua vida estiver meio caótica, podes desabafar comigo também. Estamos juntos 🫶