Os números dos desligamentos por morte nas faixas de mais de 60 anos e de 70 ou mais são mais baixos em parte porque essas faixas etárias já participam menos do mercado de trabalho formal.
Na faixa dos 40 a 50 temos o maior salto de mortes: 188%. Entre janeiro e abril de 2020, quando morria pouca gente por dia e o Brasil inteiro ficava apavorado com a subida dos números, em média morreram 770 quarentões por mês. Entre março e junho de 2021, quando morrem mais de mil pessoas por dia e parece que não tem mais pandemia a julgar pelas ruas, morreram em média 1.758 quarentões por mês.
Também é possível ver os setores mais expostos. No gráfico abaixo, temos os mais numerosos em volume de desligamentos por morte.
O comércio não tinha como não estar lá em cima. Emprega muita gente no Brasil inteiro, e a maioria desses trabalhadores não tinha como trabalhar de casa. Entre janeiro e abril de 2020, tinha uma média de 922 mortes por mês. Entre março e junho de 2021, registrou em média 2.327 desligamentos por morte mensais. Proporcionalmente, porém, o maior salto esteve no setor de transporte e armazenagem, com 182,8% a mais de desligamentos por morte entre os dois períodos.
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