Em múltiplas ocasiões foram reportados casos em que após uma conversa casual sobre determinado produto, anúncios específicos sobre esse produto começaram a surgir nas redes sociais dos interlocutores. Incidentes como este, levantam suspeitas sobre a possibilidade de dispositivos domésticos inteligentes (como o Google Home ou o Echo Dot da Amazon) e smartphones se encontrarem a ouvir os cidadãos em permanência, a fim de recolher dados sobre as suas preferências para publicitar com mais precisão.
Um recente inquérito realizado a cidadãos dos EUA concluiu que 66,7% das pessoas não se importa se os seus dispositivos domésticos inteligentes ouvem em permanência as suas conversas.
Ainda que a maioria dos principais produtores de dispositivos domésticos inteligentes e smartphones afirmem explicitamente que estes não estão sempre a ouvir, muitos consumidores expressam uma falta de preocupação o que, por si só, é preocupante.
Contudo, importa realçar que o tema Privacidade é percecionado de modo diferente na Europa, onde a preocupação com a salvaguarda da informação pessoal é seguramente diferente daquela a que assistimos nos EUA, onde existe ainda um longo caminho a percorrer, embora seja de assinalar preocupações crescentes do poder político, e inclusivamente dos grandes players económicos, com as questões inerentes à Privacidade e Proteção de Dados.
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