Uma mini-história
Em 2017 fizemos parte da programação de um festival chamado Confluências, que aconteceu em várias Quintas do Barroco, no Tâmega e Sousa. Os concertos que aconteceram em Marco de Canaveses, na Obra do Fidalgo, foram os de Filipa Sambado, Lavoisier, Éme e, à noite, Salvador Sobral.
Foi dia 20 de maio. Para contextualizar, a edição da Eurovisão que tÃnhamos ganho foi uma semana antes disso, ou menos. Quando marcámos o concerto não sabÃamos que ele ia ganhar. De repente o concerto tornou-se um acontecimento: era o primeiro deste a vitória e era de entrada livre, no exterior! Juro que até tive medo da histeria.
Um concerto que era suposto ser mais ou menos tranquilo de repente tinha a CMTV à espera do Salvador Sobral, a PolÃcia foi convocada para controlar o trânsito e havia carros e carros, pessoas e pessoas a acumularem-se.
Da nossa parte, percebemos que Ãamos ter falta de espaço e a solução foi a única possÃvel: comprar a colheita de batatas (ou cebolas, sinceramente não me lembro) do campo adjacente ao espaço do concerto.
Mas sabem a parte mais triste? Muitas daquelas pessoas não estavam lá para ver o concerto. Só o queriam ver a ele e, depois de terminar a "Amar pelos Dois" houve gente a ir embora — a meio do concerto. Eu sei que parece ingénuo eu achar que isso não ia acontecer, mas foi daqueles momentos em que a multidão nos desilude um bocadinho.
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