• Quem são, o que fazem, onde?
Joana Guerra [JG] – Sou Professora na área do Serviço Social na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Em termos de investigação, tenho-me dedicado ao estudo da análise e implementação de políticas sociais a nível nacional, e agora, de forma mais relevante, a nível local também, no âmbito da transferência de competências do Estado para a Autarquias.
Francisco Pinheiro [FP] – Sou investigador do CEIS20 […] desde 2010. [...] Acabo por ter um trajeto interdisciplinar [...], uma vez que venho da área dos estudos sobre Comunicação e Jornalismo, depois Estudos Europeus e, entretanto, doutorei-me na área da História. Os meus temas de investigação têm cruzado sobretudo a História dos Media na sua relação com o Desporto, o Jornalismo Desportivo, a própria História do Desporto e a História do Futebol em Portugal.
• Como se caracteriza o Grupo 1 do CEIS20 e qual o seu enfoque a nível de investigação?
JG – Acho que há três características muito interessantes do Grupo 1: em primeiro lugar, é um Grupo de grande dimensão, somos mais de seis dezenas de investigadores[…]; somos um Grupo multidisciplinar, na medida em que cada um de nós traz uma formação em áreas como História, Direito, Arte, Arquitetura, Museologia, Serviço Social, Políticas Públicas, ...; e depois, por outro lado, uma característica que a mim me entusiasma particularmente, é o facto de sermos um Grupo sólido, porque temos investigadores desde aqueles que são fundadores do próprio Grupo, e que claramente nos trazem a oportunidade de manter o reconhecimento do Grupo 1 a nível nacional e internacional, mas [...] temos também um conjunto de pessoas recém-chegadas [...] que contribuem com a sua vitalidade e a sua capacidade de enfrentar os novos desafios da investigação e o que são os problemas do século XXI.
FP – O Grupo 1, historicamente, esteve na própria fundação do CEIS20, no final dos anos 90, e tem um “peso histórico”[…]. Se inicialmente era um Grupo que trabalhava sobretudo a História, […] acabou por se ir alargando a um conjunto de outras temáticas […] mais abrangentes. [...] A caracterização do Grupo 1 é muito representativa daquilo que é o próprio sentido do CEIS20 em si mesmo – é um Grupo que historicamente fundou o Centro, teve o peso do ponto de vista científico ao longo das décadas que o CEIS20 tem [...], mas depois, claramente, também é um Grupo virado para o futuro e para as temáticas mais inovadoras e os desafios do século XXI.
• De que forma a investigação produzida no Grupo 1 é interdisciplinar?
JG – A produção do Grupo 1 manifesta essa interdisciplinaridade […]. Aquilo que temos visto, e que esperamos continuar a ver, é o Grupo 1 a dar uma nova perspetiva. Independentemente das singularidades dos investigadores e do seu campo específico de investigação, todos conseguem contribuir para a fórmula mais importante da interdisciplinaridade, que é a coexistência de múltiplos olhares sobre a mesma problemática.
FP – No caso do Grupo 1, ele em si mesmo, tem uma matriz disciplinar, […] mas no âmbito do próprio grupo, e tematicamente, ele também é interdisciplinar, ou seja, vai abordar todo um conjunto de temáticas diferentes. […] O Grupo 1 sempre interagiu de forma muito interdisciplinar com os outros grupos, não só internamente ao nível do CEIS20, mas também com outras instituições [...]. Nós interagimos com os grandes centros de investigação em Portugal, que são congéneres e têm grupos congéneres ao nosso, mas também a nível internacional.
• Curiosidade ou novidade que queiram partilhar sobre o Grupo 1
JG – O trabalho que pretendemos desenvolver entre nós, com o Grupo, com os restantes Grupos e com a Coordenação do Centro, é uma agenda muito voltada para a convergência dos investigadores.
FP – É importante referir que, quando se fala do Grupo 1, fala-se do Grupo fundador do CEIS20 portanto, por inerência, também se fala do fundador do nosso Centro de Investigação que é o Professor Luís Reis Torgal, que esteve na origem do CEIS20 e na origem do Grupo 1, e isso é uma enorme responsabilidade para nós.
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