#6 · 28 de Setembro de 2022
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REFLECTIR
Um aperitivo de ideias, leituras, inovações e tendências para te manteres a par dos temas e discussões mais importantes.
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Consumir local não é a nossa (grande) salvação* |
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*mas pode ajudar muito
O jornal "Expresso" lançou recentemente uma série de manuais para ajudar os leitores a tornarem-se mais sustentáveis. A julgar pelo primeiro exemplar, com o título "Em Casa", é mais um exercício superficial do que propriamente um produto de grande valor. Lá dentro vem um texto assinado pelo João Manzarra, que a certa altura escreve o seguinte: "Qualquer fruto importado tem um consumo energético muito maior que um local."
A afirmação é inocente e terá a concordância da maioria dos leitores. Afinal, o transporte é responsável por uma grande fatia das emissões de gases com efeito de estufa (GEE). Certo?
A resposta é simultaneamente mais complexa e muito mais simples do que aquilo que parece à primeira vista. De acordo com os dados mais utilizados quando se fala de emissões (Poore & Nemeck, 2018), o transporte representa uma fatia quase residual (6%) do bolo total das emissões. Não menos impressionante, os números para toda a cadeia de abastecimento (processamento, transporte, embalamento e retalho) correspondem a apenas 18% do total das emissões.
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Um artigo publicado na revista Nature no ano passado aponta para um número semelhante: 4,8% das emissões de GEE do sistema alimentar têm origem no transporte de alimentos.
Já em Junho deste ano saiu um outro estudo, bastante completo, também na Nature, desenvolvido por uma equipa da Universidade de Sydney. E este chegou a outro tipo de conclusões: o transporte representa cerca de 19% das emissões de gases com efeito de estufa ao longo toda a cadeia alimentar – ou seja, mais do triplo daquilo que Poore & Nemeck haviam concluído.
Com base nesta análise, o consumo de produtos locais teria um impacto muito mais significativo na redução das nossas emissões. No entanto, numa segunda análise, mais do que uma grande descoberta, este número é o resultado de uma redefinição do conceito de "distância percorrida" pelos alimentos.
Do global ao 100% local: qual o impacto?
Sem aprofundar demasiado a explicação, vale a pena chamar a atenção para uma hipótese testada pelos próprios investigadores no mesmo estudo de Sydney: e se todos os países passassem a consumir em exclusivo alimentos produzidos localmente? Nesse caso, o volume de emissões do sistema alimentar cairia apenas 1,7%.
Qual a razão principal para isto acontecer? A maioria do transporte de alimentos à escala global é feita por via marítima. Num sistema completamente local, o transporte aconteceria sobretudo por via rodoviária. Ora, um camião chega a emitir 20 a 33 vezes mais gases com efeitos de estufa por tonelada/kg do que um navio (0.2–0.66 kgCO2e tkm vs. 0.01–0.02 kgCO2e tkm). E, para completar a comparação, o transporte aéreo polui entre 56 a 113 vezes mais do que o marítimo, dependendo da existência ou não de sistemas de refrigeração (no caso dos navios).
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Além disso, ao comparar um alimento cultivado em Portugal com um mesmo alimento cultivado noutro país do mundo, há mais variáveis a considerar para aferir a sua sustentabilidade do que apenas o transporte: as alterações ao uso do solo (ou seja, se houve desflorestação para abrir espaço para o cultivo), o uso de água (se há irrigação e qual o volume de água usado para regar), o próprio método de produção (se é de agricultura convencional, com recurso a químicos de síntese, ou de agricultura biológica, sem a aplicação desse tipo de produtos) e ainda em que ambiente é feito o cultivo (por exemplo, ao ar livre vs. numa estufa com temperatura controlada).
Vamos olhar para exemplos. Em Janeiro, será preferível um tomate produzido em estufa no Alentejo ou o mesmo tomate importado de um país onde é Verão? Empiricamente, muitos seriam levados a acreditar que a primeira opção seria melhor, quando na verdade, em abstracto, é mais provável que a segunda vença no duelo pelo título de opção mais sustentável.
Isto leva-nos a um debate (para alguns também um dilema): é melhor comprar local mas convencional ou biológico mas importado? O Segundo Grande Inquérito sobre Sustentabilidade, de 2018, mostra-nos que os portugueses dão ligeiramente mais importância ao local (3,83, de 1 a 5) do que ao biológico (3,59, na mesma escala).
O mesmo inquérito, que tem um relatório síntese online e uma versão mais completa em livro, mostra que em Portugal há ainda um entendimento pouco claro do que é um produto de agricultura biológica. Há quase tantos inquiridos a reconhecer como biológico um produto com selo de certificação quantos aqueles que vêem como tal um produto que lhes seja dado por um familiar, amigo ou vizinho.
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Por esta altura já deu para perceber que a afirmação do João Manzarra peca por demasiado simplista, mas o seu raciocínio reflecte uma percepção alargada na população de que o transporte é de facto culpado de grande parte das emissões associadas aos alimentos que comemos.
Ou seja, tanto no "local" como no "biológico" – dois dos conceitos mais usados quando se fala de sustentabilidade alimentar – há desafios de (i)literacia ainda por resolver.
Há uma grande conclusão a reter aqui:
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Aquilo que comemos tem muito mais impacto do que a origem.
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Podíamos pegar (uma vez mais) no exemplo da carne de vaca para ilustrar o extremo. Mas por agora vamos por outro caminho menos óbvio. Falemos, por exemplo, de um café (que já mereceu uma newsletter nossa inteiramente dedicada ao assunto) com leite – de pouco importa se é um cappuccino, um latte, um flat white ou, em bom português, um galão.
Além do típico leite de vaca, há hoje em dia inúmeras opções de base vegetal – os mais populares são soja, amêndoa, arroz e aveia.
Há produção de aveia em Portugal, mas numa escala cada vez menor. Em 30 anos (de 1989 a 2019), houve uma quebra de 77 mil toneladas – menos 61%. Daquilo que ainda resiste, quase nada é encaminhado para consumo humano; a esmagadora maioria acaba por ser usada para alimentar animais – tanto em grão para ração como em forragem (erva, palha).
Na nossa busca por produtos locais de produção biológica, esbarrámos na impossibilidade de encontrar aveia certificada pronta para consumo humano. Ou seja, identificámos produtores deste cereal mas havia uma quebra na cadeia desde a produção ao consumidor: o descasque. Com casca, o grão da aveia é impróprio para consumo humano – não por ser tóxico ou algo do género, mas pura e simplesmente por tanto o sabor como a textura da casca serem bastante desagradáveis.
Como resultado, por cá, quem quer consumir aveia de produção biológica acaba quase sempre a consumir aveia importada da Finlândia, país onde as necessidades de irrigação de cereais são virtualmente nulas. Pesando os dois lados da balança, seria preferível consumir esta aveia biológica finlandesa ou uma aveia nacional, de produção convencional, de regadio? Mesmo assumindo um método de produção idêntico, à luz daquilo que sabemos hoje, é bastante possível que a aveia finlandesa fosse a melhor opção.
Em qualquer dos casos, a bebida de aveia – fosse qual fosse a origem e o método de produção – seria uma opção com emissões mais baixas do que o tradicional leite de vaca. Os impactos seriam também menores na área necessária, na utilização de água doce e na eutrofização (contaminação das águas).
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O segundo manual da dita série do "Expresso", intitulado "À Mesa", compila uma lista de restaurantes que se destacam pela sua sustentabilidade. No editorial lê-se: "Cada um à sua maneira, nestes 60 espaços pode sentar-se à mesa com a consciência tranquila de quem está a contribuir, com prazer, para um mundo mais equilibrado, mais verde, melhor."
Muitos estão a dar passos significativos, sobretudo no aproveitamento integral dos alimentos e nos circuitos curtos de abastecimento, em colaboração directa com produtores locais. É inevitável registar, ainda assim, que persiste uma preponderância exagerada de carne e outros produtos que, por mais hiper locais que sejam, continuam a ter um impacto dramático nas emissões de CO2e.
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Representada a vermelho no gráfico acima, a fatia correspondente ao transporte é quase imperceptível para a maioria dos alimentos. E mesmo naqueles onde é possível identificar quanto representa o seu peso nas emissões totais é quase sempre residual.
A relevância do consumo local é muito maior quando se fala de questões socioeconómicas, de sustentabilidade de comunidades rurais que asseguram parte da produção que nos alimenta. Há um valor quase intangível em apoiar agricultores de proximidade a manter a sua viabilidade económica – como a corrida generalizada aos produtores locais durante a pandemia veio provar –, já para não falar da resiliência do sistema alimentar em si.
Quem nos acompanha há mais tempo sabe que somos, por princípio, grandes defensores do consumo local. Nada do que te trazemos com esta newsletter vem pôr isso em causa, sobretudo quando é um consumo local assente na sazonalidade, na produção biológica/regenerativa e de base vegetal (seja ou não em exclusivo). Não podemos é acreditar cegamente na ideia de que tudo o que é produzido mais perto de nós é bom (ou melhor) e que o que vem de mais longe é mau (ou pior).
Se o local não é a (grande) resposta para reduzir as emissões da alimentação, então qual é?
A ciência aponta de facto para outros caminhos, com um potencial bastante superior. Os maiores ganhos ao nosso alcance para reduzir drasticamente a pegada da nossa alimentação estão nas seguintes medidas (por ordem de impacto):
- Adopção de dietas de base vegetal (não necessariamente 100% vegetais)
- Aumento da eficiência na produção (por exemplo, na forma como são aplicados fertilizantes e outros químicos – ou seja, aplicar em menor quantidade e com maior precisão – para reduzir os GEE em 40% por unidade de alimento produzida)
- Consumo de um volume calórico saudável (reduzindo a actual ingestão excessiva de calorias para valores considerados sustentáveis para o nosso próprio corpo – cerca de 2100 kcal por pessoa, em média)
- Redução do desperdício alimentar (o estudo considera um corte de 50%, o que faria com que deixássemos de desperdiçar 1/3 dos alimentos para passar a 1/6 do total que produzimos)
- Maximização das colheitas (que tanto pode ser alcançada através de melhoramento de sementes e de fertilizantes como através de práticas de agroecologia)
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O gráfico mostra o volume cumulativo de emissões do sistema alimentar de 2020 a 2100, começando pelo que acontecerá se mantivermos o cenário actual (business-as-usual), e a estimativa caso seja aplicada cada uma destas medidas. A adopção de dietas de base vegetal, por si só e de acordo com as recomendações do EAT-Lancet, levaria a uma redução de 48% (!) nas emissões associadas ao sistema alimentar.
Vale a pena também olhar para o que aconteceria caso cada uma destas medidas fosse adoptada a 50%. De acordo com a estimativa, esse cenário resultaria numa quebra de 63% nas emissões. Num cenário ideal, de adopção a 100% de todas elas, entraríamos numa realidade de emissões negativas, alcançada através da sequestração de carbono em terras cujo cultivo havia sido interrompido.
Já o completíssimo Project Drawdown equipara duas destas medidas no seu potencial impacto. A adopção de dietas de base vegetal poderia levar a uma redução de entre 78,33 e 103,11 megatoneladas (milhões de toneladas) de CO2 equivalente até 2050, enquanto que a redução do desperdício alimentar permitiria evitar entre 88,5 e 102,2 megatoneladas de CO2 equivalente. Para chegar a estes intervalos, foram desenhados dois cenários: no primeiro haveria uma aplicação a 50%; no segundo a 75%.
O objectivo de evitar que a subida da temperatura média da Terra ultrapasse os 1,5ºC (valor a partir do qual os impactos negativos do aquecimento global serão cada vez mais catastróficos) ou até mesmo os 2ºC depende em boa parte da adopção destas medidas. E isso só acontecerá tanto de uma mobilização colectiva (conduzida por governos, grandes empresas e outras organizações de grande influência) como de agentes individuais (como todos nós).
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O Guilherme Ramos tem 17 anos e é um exemplo brilhante de activismo. Nos últimos dois anos transformou um espaço abandonado da sua escola num paraíso de biodiversidade. Criou registos detalhados da fauna e da flora que ali encontrou, num autêntico exercício de aprendizagem activa. No fundo, construiu um recurso de grande valor que a escola poderia aproveitar para estimular e educar os seus alunos.
No início do ano lectivo, ao chegar à escola, deparou-se com um cenário desolador. Estava tudo praticamente destruído, com sinais de uma limpeza intensiva – provavelmente feita com uma roçadora.
Esta reportagem do "Público" tem tanto de triste como de esperançoso. Guilherme, se por acaso estiveres a ler esta newsletter entra em contacto connosco, que há espaço na nossa horta para mais um – sobretudo um dos bons, como tu.
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O desperdício alimentar na União Europeia é superior ao volume de importações de alimentos. A conclusão é de um relatório da Feedback, uma organização dedicada a tornar o sistema alimentar mais sustentável e justo. Segundo a análise realizada, em conjunto, os países da União Europeia desperdiçam 153 milhões de toneladas de alimentos por ano, mais 15 milhões de toneladas por comparação com os alimentos importados. Deste total, 90 milhões de toneladas (perto de 60%) são perdidas logo na produção – pelas mais variadas razões.
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Portugal é o maior produtor mundial de alfarroba, com quase um terço do total global. Cada vez mais valorizada pelas suas propriedades (não só na indústria alimentar, mas também na farmacêutica, cosmética e até na têxtil), tem vindo a subir de preço – custa hoje dez vezes mais do que há menos de uma década. Paralelamente a esta tendência, há uma outra: o roubo. No ano passado foram furtadas 63,9 toneladas de alfarroba, depois de outras 65,5 toneladas em 2020.
Multiplicam-se as notícias de apreensões feitas pela GNR e os danos causados aos produtores que fazem depender desta cultura boa parte do seu rendimento. De Espanha vêm relatos idênticos, em proporções ainda maiores.
Fica também por isso o alerta: presta muita atenção à origem da alfarroba que compras e consomes.
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Os impactos da inflação são transversais, mas ganham contornos especialmente graves na restauração. A subida dos custos com ingredientes e com energia fazem com que muitos negócios sejam obrigados a fazer uma ginástica para se manterem à tona. Uma das principais ferramentas à sua disposição é a engenharia dos menus.
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A associação Reboot lançou recentemente um documentário sobre desperdício alimentar. Se o tema já te é familiar, não vais encontrar aqui uma grande novidade sobre o assunto. Em todo o caso, é uma síntese interessante da realidade do desperdício alimentar especificamente em Portugal, com testemunhos de pessoas envolvidas de uma forma ou de outra nas várias fases do sistema alimentar.
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PRATICAR
Dicas para uma vida mais consciente, saudável e sustentável, com especial atenção para a alimentação.
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Grupos de consumo, AMAP, CSA e mais formas de comer local
Foi em 2007 que passámos a ter mais pessoas a viver em cidades do que em zonas rurais – isto à escala global. Em 2050, mantendo-se a trajectória prevista, 70% da população mundial vai concentrar-se em zonas urbanas.
Quem vive entre betão e alcatrão vê criar-se um fosso entre si e o local onde os alimentos que consome são produzidos. A experiência de uma ida às compras na cidade, salvo algumas excepções, pouco ou nada tem a ver com a realidade de quem produz.
Consumir local pode ainda ser um desafio, mas não tem de ser uma dor de cabeça. Há cada vez mais formatos que nos permitem chegar a produtos e produtores em quem podemos confiar. Um deles é o conceito de grupo de consumo, que não é mais do que uma ligação informal entre produtores e consumidores para facilitar a vida a cada uma das partes.
Temos o privilégio de ter contribuído para a criação do GRUCCO (Grupo de Consumo de Campo de Ourique), a funcionar desde o ano passado com base na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. Os objectivos passam por obter uma variedade de alimentos de acordo com a sazonalidade, de produção mais sustentável e de proximidade, oriunda de pequenos produtores. Definiu-se – tal como já havíamos feito no nosso restaurante – um raio de 50 km para produtos frescos e de 500 km para secos.
Se vives, trabalhas ou gravitas de alguma forma em torno do bairro de Campo de Ourique, podes juntar-te ao GRUCCO. Basta responderes a este email a manifestar o interesse e nós encaminhamos-te para o sítio certo. Mais para o fim desta semana estará também disponível aqui um vídeo com uma apresentação mais detalhada deste grupo de consumo.
Outros dois conceitos com objectivos semelhantes são as AMAP (Associação pela Manutenção da Agricultura de Proximidade) e as CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura). O exemplo mais conhecido é o da Herdade do Freixo do Meio, situada em Montemor-o-Novo e com entregas em Lisboa.
Há mais alguns grupos em Portugal, sobretudo à volta do Porto e de Lisboa, mas se não corresponderem às tuas necessidades ou não estiverem na tua área geográfica podes sempre juntar um conjunto de pessoas com os mesmos objectivos e começar uma nova AMAP. Até tens um manual de instruções aqui.
Também em Lisboa, há um modelo interessante a ser explorado pela Rizoma, uma cooperativa que começou por ser uma mercearia mas está a tornar-se um projecto muito mais completo, com outras dimensões.
O PROVE é mais uma plataforma que permite chegar directamente aos produtores. Funciona com base em núcleos, assegurados por um ou mais produtores, que num dia, hora e local pré-estabelecidos têm os seus produtos disponíveis para levantamento por quem fez a sua encomenda previamente. Consulta os núcleos existentes e vê se há algum na tua área de residência ou trabalho.
Por fim tens os clássicos mercados de produtores, como aqueles que são organizados semanalmente pela Agrobio ou por outras entidades – como as próprias autarquias –, além de uma panóplia de produtores que têm os seus próprios canais para receber e entregar encomendas que lhes são feitas directamente.
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SABOREAR
Projectos, restaurantes, marcas e outras recomendações com o selo de confiança Kitchen Dates.
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Uma das melhores formas de consumir local é produzir os nossos próprios alimentos. Para os filhos da cidade, como nós, além da dificuldade em arranjar terra há muitas dúvidas sobre como cuidar de um pedaço de solo. Felizmente há quem ensine a fazer as coisas bem feitas.
No Lugar da Terra, perto de Santa Cruz, o Job e a Tânia ensinam as melhores práticas de agricultura regenerativa de abundância, através de breves cursos/workshops abertos ao público. Este fim-de-semana têm um para principiantes (no sábado) e outro mais virado para profissionais (no domingo). No primeiro fim-de-semana de Novembro repetem a dose, e se te juntares talvez nos encontres por lá também.
Caso prefiras simplesmente comer, o Job e a Tânia também entregam cabazes em Torres Vedras, Santa Cruz, Ericeira, Mafra, Malveira, Venda do Pinheiro e Lisboa.
Lugar da Terra Santa Cruz, Torres Vedras
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