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Roraima perdeu 3 a cada 200 idosos para a Covid e a SRAG
Cento e dois mil lutos

Uma nota do Ancelmo Gois, semana passada, indicou que segundo a economista Ana Amélia Camarano, do IPEA, meio por cento dos idosos brasileiros haviam morrido de Covid. Na Lagom Data, vamos além.

Meio por cento não parece um número muito grande; trata-se de um a cada 200 idosos perdidos para a pandemia. Isso dá algo como cento e dois mil lutos de Covid e 40 mil de SRAG. Mas o Brasil é um país muito diverso, e a pandemia teve impactos diferentes em lugares diferentes. Por isso, fomos ver como isso variou entre os Estados. 

Como em tudo na Covid, o pior impacto ocorreu no Norte do país, especialmente em Roraima - lá, a população idosa foi reduzida em 1,5% pela Covid e pela SRAG de causa não especificada (suspeita de Covid). Isso é o triplo da média nacional. No Amazonas, onde as cenas de Manaus chocaram o Brasil em abril e maio, a fatia de idosos mortos pela pandemia equivale ao dobro da média nacional.

Isso tem implicações ainda maiores, se formos considerar a composição da renda das famílias. Ana Amélia Camarano, a fonte do dado publicado por Ancelmo Gois, escreveu um estudo em julho estimando qual seria o impacto da morte de idosos no empobrecimento de famílias. Concluiu: "se morre um idoso, uma família entra na pobreza".

Usando dados da PNAD Contínua, o estudo de Camarano mostra em 18,1% dos domicílios a renda do idoso é a única da família. Em outros 20,6% dos lares, mais de metade da renda dependia de um idoso.

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Defrag mental
O que estamos lendo, assistindo e ouvindo
As indesejadas das gentes na história

O infectologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, tem feito um bom trabalho de divulgação científica com uma série de livros sobre a história da medicina, dos vírus e agora das epidemias. Ele passeia com o leitor da Grécia até os dias de hoje, para demonstrar o triste fato de que as epidemias fazem e farão parte da história da humanidade. Se a Covid nos pegou de surpresa foi porque nossa geração teve a sorte de acumular avanços remediando o que se conhecia. Mas todos os especialistas já sabiam que mais ano, menos ano, poderíamos ser pegos de surpresa.

O Jovem Wallander (Netflix)

Wallander, o experiente e consciencioso policial criado por Henning Mankell, está de volta, só que no começo de sua carreira - e nos dias de hoje, não nos anos 70. Na série da BBC, que sumiu da Netflix, O velho Wallander aparecia nos seus últimos anos de carreira. Esta agora se passa em algo como 2018, em Malmö (minha cidade favorita no mundo), no auge dos explosivos conflitos do conjunto residencial Rosengard. Wallander é promovido ao entrar em em seu primeiro caso importante, e já inaugura o distintivo pisando nos principais calos que enfrentam sociedades europeias atuais.

O seleto clube brasileiro do bilhão

Daniel Bergamasco, que fez uma carreira brilhante no jornalismo online, está estreando como escritor. Em sua primeira obra, ele conta as sacadas e os percalços que levaram um pequeno grupo de empresas brasileiras a se tornar "unicórnios", ou seja, companhias cujo valor de mercado dá bilhão (de dólares). E o segredo nem é a inovação tecnológica, mas o modelo de negócio e de como lidam com clientela e concorrência. E, pra completar, Daniel sabe contar uma boa história.

As pílulas do blues que vieram do frio

Já que vai fazer calorão nesta semana de novo, bora continuar na Suécia. Conheci Blues Pills há uns cinco anos e adorei a sonoridade da banda - que lembra muito o que fazem os idosos geniais que eu ouço desde moleque. O que impede a banda de receber os mesmos tomates que o Greta Van Fleet ("Led Zeppelin cover", dizem) é o fato de ter seu microfone comandado pelos poderosos pulmões de Elin Larsson. Pra quem ainda curte CD, "Holy Moly" saiu no Brasil pela Shinigami Records.

Quino (1932-2020)

Quem não é fã da Mafalda não tem coração e nem repertório, mas você conhece o trabalho do gênio argentino Quino como chargista? Ainda que ele não esteja mais entre nós, sua obra continua viva em livros.

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Lagom Data

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