Tempo de descanso, tempo de lazer, não fazer nada
Há algumas edições anteriores o tema foi rest is resistance. Não fazer nada como resistência, que vem na onda da Great Resignation e da pandemia.
Não fazer nada é, ao mesmo tempo, resistência e privilégio. Se ócio é o oposto de negócio, quem se pode dar ao luxo de estar sempre parado? Mas essa não é a questão para hoje.
Hoje a questão é: o que é o teu tempo de descanso e lazer? O que deve ser?
Um prémio pelo trabalho que fizeste? Ou uma constante, interrompida pelo trabalho que tens de fazer?
É fácil deixarmos de saber aproveitar o tempo livre. Demasiado fácil. Ficamos nervosos em férias, marcamos reuniões ao fim-de-semana (não façam isso, por favor), não sabemos o que fazer quando não temos o computador à frente, inventamos projetos novos porque não sabemos simplesmente estar.
Esse é o desafio para este verão. Virar a percepção ao contrário. Entender o tempo livre como o estado natural do nosso dia-a-dia, que, por necessidade, é interrompido pelo trabalho que temos de fazer.
Mesmo que gostemos muito do trabalho que fazemos.
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