Os Talibãs têm vindo a utilizar a tecnologia de identidade digital fabricada pelos EUA para capturar afegãos que trabalharam com a coligação internacional, o que representa uma enorme ameaça para todos os registados no sistema.
Os extremistas têm acesso aos sistemas e tecnologias de identificação digital construídos através do apoio da ajuda internacional, tal como o e-Tazkira, um cartão de identidade biométrico utilizado pela Autoridade Nacional de Estatística e Informação do Afeganistão, que inclui impressões digitais, template da íris e uma fotografia.
Como tal, os Talibãs têm acesso a informações pessoais sensíveis que, segundo o grupo, serão utilizadas para atingir aqueles que consideram como inimigos ou ameaças. Alguns afegãos têm tentado freneticamente apagar qualquer vestígio de atividade digital nas bases de dados oficiais, já que a eliminação do utilizador não é uma opção.
Esta realidade constitui um importante alerta para ilustrar os riscos que as novas tecnologias digitais podem representar quando acabam em mãos erradas.
Os benefícios da inclusão na identificação digital são extensos, uma vez que permite o acesso a cuidados de saúde, serviços sociais, entre outros, contudo, a proteção de dados tem de ser uma prioridade. Em particular, o princípio da minimização de dados deve ser acautelado.
As redes sociais Facebook, Twitter e LinkedIn afirmaram ter tomado medidas para proteger as contas dos cidadãos afegãos, tendo o Facebook suspendido temporariamente a possibilidade de as pessoas de verem ou pesquisarem as listas de amigos de contas no Afeganistão.
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