Os legisladores europeus estão a propor um sistema internacional de reconhecimento facial que permitiria às forças policiais partilhar fotografias de cidadãos em bases de dados policiais. Através desta proposta, os países da União estariam aptos a comparar imagens nas suas bases de dados de fotografias, para alcançar uma correspondência.
O objetivo primordial do projeto Prüm II será o de modernizar as atividades policiais e reforçar a coordenação da aplicação da lei, contudo, os ativistas dos direitos digitais têm vindo a demonstrar a sua preocupação face a esta possibilidade, receando que se esteja a caminhar para "a infraestrutura de vigilância biométrica mais extensa que alguma vez teremos visto no mundo".
O que se propõe não será, desta vez, o reconhecimento facial em direto, mas sim a possibilidade de se criar uma base de dados centralizada e comparar imagens captadas (por exemplo, CCTV ou fotos de redes sociais), com as imagens da base de dados policial.
A utilização da tecnologia de reconhecimento facial tem levantado preocupações ao nível da privacidade e proteção de dados, pela intrusividade que representa e pelas provas de mau funcionamento que tem dado, cujas consequências são altamente negativas para os titulares de dados.
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