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Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que o ministério da Saúde contratou empresa sem experiência em transporte de vacinas para o serviço público para distribuir os imunizantes a serem aplicados em crianças. O UOL verificou que o ministério não exigiu experiência com vacinas que requerem temperaturas ultrabaixas, como é o caso da Pfizer, e colocou o processo da contratação sob sigilo. No início da vacinação, estados relataram problemas na entrega das doses infantis, incluindo uso de caixas de papelão inadequadas para o transporte.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisa se a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se aplica a doadores e fornecedores de campanha em 2022. Até o momento, esses dados são divulgados ativamente por meio do Divulgacand - o que permitiu identificar, por exemplo, candidatos que doaram a si próprios quantia maior do que declaravam possuir, em 2020. Não é a primeira ação do TSE em relação à LGPD: no ano passado, o Tribunal retirou do ar a lista de filiados a partidos políticos e firmou um acordo de cooperação com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

Um ato conjunto da Câmara e do Senado e um decreto federal depois, a distribuição de verbas do orçamento da União por meio de emendas de relator continua sob a sombra. Reportagem do Estadão mostra que cinco ministérios não divulgam documentos sobre pedidos das emendas - dois deles, Saúde e Agricultura, estão entre os que mais receberam esse tipo de verbas em 2021. O Portal da Transparência federal exibe a execução das emendas de relator, assim como um dos painéis do Siga Brasil. Na Câmara dos Deputados, um link escondido na página da Comissão Mista de Orçamento lista os ofícios recebidos pelo relator geral em 2021. Juntar essas três fontes de informações ainda não permite mapear completamente o Orçamento Secreto.

Duas servidoras consideradas peças-chave do Arquivo Nacional na gestão de documentos de repartições federais foram exoneradas após manifestarem preocupação com o esvaziamento do órgão público. Um dos questionamentos das servidoras era sobre o Decreto 10.148/2019, que tirou do Arquivo Nacional a responsabilidade de aprovar ou não a eliminação de documentos públicos federais. Servidores do órgão já identificaram casos de descarte de papéis relativos a contas cuja regularidade ainda não foi julgada pelo TCU. A nomeação do atual diretor do Arquivo Nacional, ocorrida em novembro, é alvo de investigação do MPF desde o final do ano passado.

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