• Quem é, o que faz, onde?
“Sou, efetivamente, um geógrafo e trabalho atualmente na cidade de Paris, no Instituto Universitário de França. Anteriormente, fui professor na Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales.”
• Porque é que a sua investigação é interdisciplinar?
“Eu sou uma pessoa interdisciplinar, por natureza. Comecei pelos estudos clássicos do Latim e do Grego. Depois 'encontrei' a História, porque queria ser arqueólogo. [...] Deparei-me com uma professora de Geografia extraordinária, e por isso acabei por escolher a Geografia.”
“Como poderemos entender [a cidade] sem partilhar com colegas [investigadores] de outras áreas todos os avanços da [nossa] investigação? É essencial que cruzemos métodos, enfoques, formas de pensar o mundo.”
• Questão profissional/pessoal, curiosidade pessoal.
“A raiz [para a minha investigação interdisciplinar foi através] de uma experiência pessoal: o grande sismo de 1985 na Cidade do México, onde, na altura, me encontrava. [...] Pensei em trabalhar esta temática e iniciei uma investigação de sete anos [...] sobre a transladação de cidades, pois existiu um projeto de transladar a cidade do México para um local menos exposto aos sismos. Pareceu-me algo bastante estranho e, ao trabalhar sobre esta temática, apercebi-me que havia dezenas, centenas de cidades, vilas ou aldeias que tinham sido transladados durante toda a época colonial.”
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